sábado, 20 de julho de 2013

Vacina anti-cocaína é testada com sucesso

Nova vacina estimula o corpo a tratar cocaína como intrusa

·         Medicamento testado em primatas não-humanos faz o corpo reagir com resposta imunitária e ‘come’ a droga como um Pac-Man

O GLOBO Publicado: 13/05/13 - 17h28

NOVA YORK - Uma vacina anticocaína tem sido usada com sucesso em primatas não-humanos e está a um passo da aprovação para uso em terapias de dependência química. A vacina (dAd5GNE) combina elementos de vírus do resfriado comum com o GNE, partícula que imita a cocaína, e impede a alta de dopamina associada à droga.

- A vacina ‘come’ a cocaína no sangue como um Pac-Man, antes que a droga chegue ao cérebro - explicou po residente do departamento de medicina genética da Universidade Médica Weill Cornell à revista “Wired”. - Com a vacina, mesmo que a pessoa recaia no vício, a cocaína não surte efeito.

A cocaína funciona se ligando a um transportador de dopamina, impedindo a reciclagem do hormônio do prazer em duas áreas do cérebro, que produzem então o efeito da droga. A vacina estimula o corpo a tratar a cocaína como um intruso e a montar uma resposta imunitária contra a droga.

De acordo com os resultados do estudo, primatas não-humanos que receberam a vacina apresentaram níveis bastante reduzidos da ligação de cocaína com o transmissor da dopamina, cerca de 20% — bem abaixo dos 47% necessários para ‘dar barato’.

Uma vacina anticocaína exigirá doses de reforço nos seres humanos, mas nós ainda não sabemos quantas vezes essas doses de reforço serão necessárias - disse Crystal. - Acredito que para aquelas pessoas que querem desesperadamente quebrar seu vício, uma série de vacinas vai ajudar.

notaram níveis bastante reduzidos da ligação de cocaína com o transmissor da dopamina, cerca de 20% — bem abaixo dos 47% necessários para ‘dar barato’.

Comentário: Os efeitos da vacina não modificarão os aspectos psicológicos, portanto, mesmo com a vacina ainda será necessário o tratamento psicoterápico, para que o dependente/usuário não migre para outra droga.
Psicóloga Rosangela